Dia do Índio?

Nada como consultar, por pouco que seja, a opinião alheia para estender nossos pouco parcos conhecimentos sobre as coisas. Estava indagando a mim mesmo por que não se falava mais sobre o índio neste dia que restou para homenageá-lo. Foi então que pensei simplesmente em consultar as pessoas ao redor, as pessoas de “carne e osso”, o que algumas delas consideram sobre o índio; enfim, como se mantém alguma coisa da memória viva. Creio que assim poderia melhorar um pouco as referências sobre o tema e, quem sabe, aprender alguma coisa, ansiando não me frustrar.

A primeira pessoa consultada, uma jovem senhora educada e com curso superior, disse-me que em sua vida nunca vira ou se relacionara com um índio. Embora ela já avistar um indígena a distância, ou um mestiço, este era um ser praticamente invisível. Lembra-se de um índio na sua classe de 2º grau, mas este sequer era notado, pois mal falava.

E como veio, saiu da escola.

Não sabe dizer porque a cultura indígena foi esquecida ao longo da história (ela supõe que eles já tiveram um espaço e tempo duradouros).

Essa senhora é uma dinâmica profissional de enfermagem, interessada em questões sociais. Parece julgar que o elemento indígena teve participação na cultura brasileira, apesar de não a ver de forma tão extensiva. Ressaltou que, ainda assim, os índios quase não são lembrados, embora seja impossível não reconhecer sua vasta colaboração alimentar.

Apenas neste primeiro trecho de minha pequena enquete, tornou-se clara a empatia pelo índio (demonstrada por gestos, sorrisos e esforços em falar sobre ele). Frente a esse interesse geral de alguma expressão, percebi que deveria continuar com a pequena pesquisa. Minha entrevistada disse que era preciso observar o índio dentro de seu contexto.

Assim, observamos que, considerando-se esta opinião, a questão do índio é importante para nossa gente: deveríamos aprofundar mais o assunto. Devemos isso ao nosso povo para auxiliá-lo a observar mais o nosso índio.