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13 de Maio

Atualizado: 6 de jun.


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É uma data importante que evoca a história dos negros e brancos brasileiros, repleta de feitos, processos históricos, realizações, enfrentamentos, angústias e esperanças.


O tráfico de escravos foi tão grandioso e intenso para o Brasil que mostra a invenção da cor negra como sinônimo de escravidão depois que os portugueses a espalharam pelo mundo, o que foi acompanhado pela expansão do racismo de cor de pele.


Em nosso país, aquela nefasta instituição construiu a riqueza do Brasil nos períodos colonial e imperial para as elites brasileiras, associadas às do exterior, principalmente europeias (internamente, em meio a "mares de cana"). Essas regiões amplamente servidas pela escravidão praticavam enorme grau de repressão, de violência física crescente, casos sempre maiores de depressão, combate e desbaratamento de quilombos.


Povos africanos e indígenas desenvolveram contrapontos, lutas e resistências que evoluíram para as lutas abolicionistas do século XIX. Aguardava-se e lutava-se por uma abolição verdadeira, não uma formalidade jurídica, que entrasse no mérito das condições: as condições de vida, as formas de propriedade. Assim, em 13 de maio de 1888, a Abolição Oficial leva a massa de ex-escravos a experimentar um duplo sentimento: frustração e contentamento. De um lado, a preservação da pobreza, da miséria, da doença, da ignorância, das condições de criminalidade; por outro lado, uma liberdade formal, que é testada até hoje, em função da cor/raça apresentadas ou julgadas a cada momento, em cada encontro.


Nos dias de hoje, para a "raça negra" (os negros pobres e brancos pobres), permanece a miséria absoluta. Chegam além do primário da escola pública, mas ainda se tornam o principal celeiro da escravidão por dívidas, das grandes favelas nacionais, dos presídios, das vítimas de balas perdidas, do salário mínimo, dos salários reais reduzidos. E a conclusão disso tudo é que devemos continuar com força e coragem, celebrando também o 13 de Maio como nesta referência básica.


Também não devemos nos esquecer de que uma autêntica segunda abolição passa não somente pelas mudanças estruturais, indenizações e reparações. Também apostamos no desenvolvimento cultural e espiritual da nossa sociedade.

 
 
 
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